19 de agosto de 2010

"Amor de Improviso"

por uns instantes acho que eu parei de piscar!
...algo em torno de 60 minutos!

TANTO* amor dentro de uma peça!
tanto barulho dentro de um silêncio!
tanto desamor tão próximo do amor, que faz a gente lembrar como é feliz quando ama.. e como é triste quando acaba!

uma peça com TANTO* amor que fez TÃO* bem pra um coração que anda tão desiludido.. mas que nasceu pra amar, só sabe fazer isso e pretende logo amolecer de novo e voltar a distribuir mesmo quando todas as amostras não são suficientes pra fazer o consumidor querer adquirir o produto!

de repente, dos olhos que secaram na infância de tanto ouvir "engole o choro!", caíram algumas lágrimas.. poucas, singelas.. mas que estavam loucas pra encontrar um momento leve como aquele pra deslizarem pro mundo!
de repente, eu lembrei pq quis fazer teatro. lembrei da essência da arte que eu escolhi. lembrei que não precisa de nada disso de sofrimento e medo que há tanto andavam me rondando e me fazendo duvidar da escolha.
de repente eu lembrei pq chamo meus mestres de metres e pq eles mereceram ser chamados de tal.
de repente eu estava ali, tocada, era sublime e mexia comigo. como há tanto tempo não acontecia e eu já chegava a achar que era algum tipo de problema e que eu nunca mais voltaria a sentir nada pq estava "grande e madura demais" pra me deixar sentir!
como falam besteiras as pessoas que não sabem de gente.

de repente o mundo ficou mais amável!
e mais amado!

peguei o metro vazio vazio pra voltar pra casa, e quando percebi tudo parecia uma cena de cinema.. eu estava olhando pela janela, sorrindo boba, sem motivo.. só haviam mais duas pessoas no vagão posicionadas exatamente como um diretor posicionaria dois figurantes pra uma cena tão bonita de felicidade interior da personagem que, de certo acabara de encontrar o amado ou de decidir que voltaria pra ele.
TANTO* amor dentro de mim!
voltei pra casa a pé, sem medo do horário, das ruas escuras, das pessoas más do mundo! simplesmente pq, depois daquela hora dentro daquele espaço, as pessoas de fora dele que eram más haviam, todas, desaparecido!
não havia mais maldade nem feiúra! só haviam casais apaixonados e alguns até brigando, mas sempre casais.. a não ser, é claro, eu.. que estava só.. mas sem me importar com esse pequeno detalhe.. pq a minha alma estava muito* leve e feliz de ver tudo aquilo acontecer, mesmo que de fora!


uma peça pra quem ama
uma peça pra quem não ama
uma peça pra quem já amou
uma peça pra quem quer amar
uma peça pra que tem coração
uma peça pra todos
uma peça que TODOS deveriam assistir!



um jeito tão feliz de se terminar um dia denominado "dia do ator"
tem muito amor em mim nesse momento.
boa noite.

Um comentário:

  1. Nooooossaa Gi, vc escreve tão bem !
    e cada vez me espanto mais ao perceber o quanto somos parecidas !
    e ao mesmo tempo, como podemos ser tão diferentes...
    Apesar de não ter sido tocada NESSA dimensão pelo amor da pecinha, é realmente muito amor... algo tão singelo e forte ao mesmo tempo ! tão incrivel ver pessoas incriveis fazend coisas incriveis !
    gosto !!

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