12 de fevereiro de 2010

sobre idas e vindas...

(ou: "e chegou o post 100!")

quando eu tinha 10 anos meu pai tentou, da maneira mais amigável possível, me explicar que estava partindo. eu que nunca tinha tido, até então, contato nenhum com despedidas, tentei, da maneira mais amigável possível, compreender e aceitar!
com 13 anos eu entendi que ele talvez não voltasse. entendi que a saudade na verdade dói mais que a gente vê na novela. entendi que talvez as pessoas que eu amasse tivessem que me deixar e que eu iria ter que aprender a lidar com essa dor. eu só não pensava que seria tão constante!
com 14 ele apareceu de novo. confundiu minha cabeça de adolescente que por si só já era confusa e logo partiu de volta. sem me deixar entender se eu estava triste por ele ter me deixado ou feliz por ele estar perto de novo.
com 15 anos eu fiquei sabendo que minha avó estava com cancêr não conseguia aceitar que o mundo pudesse tornar tão fraca a mulher mais forte que eu conhecia. e em apenas 6 meses ela partiu e me ensinou que tem um outro jeito de perder alguém além de quando se é abandonada.
com 17 um dos meus amigos mais queridos morreu num acidente de moto. e eu entendi que não só doentes e idosas as pessoas morrem e não só os malvados têm finais tristes (como nos filmes) mas que um infeliz qualquer de carro pode fechar um menino bom e jovem no trânsito, matar ele e seguir em frente, sem nem descer do carro pra prestar socorro.
com 18 eu tive duas paixões saindo do país sem poder ir até o aeroporto abraçar, beijar e chorar na despedida.
hoje, com 19, as duas paixões voltaram, mas quem parte agora é meu irmão. vai pra fora também tentar viver mais feliz num outro país e eu vou ficar aqui vivendo, como tanto vivi e vivo, das saudades e das boas lembranças.

em todos esses anos aprendi a ver fotos e sorrir! aprendi a só pensar no cheiro das pessoas que eu queria que estivessem perto de mim sem poder respirá-los.
agora, dominada por uma frieza que eu nunca tive, começo eu a ter vontade de partir. vontade de ir pra longe, sozinha e deixar aqui com saudades todas as pessoas que me querem bem, só pra sentir na pele essa sensação de estar só, num outro lugar, pra saber se ela realmente vale a pena pra quem vai, pq pra quem fica já sei que não.

meu pai voltou e se foi de novo. agora não sei quando volta e nem SE* volta.
minhas duas paixões voltaram, mas eu sinto que logo eles partirão de novo. se não de um jeito físico, de outro.
meu irmão logo vai. e pra ser sincera, não quero viver mais de saudades. foco minhas energias em logo poder eu* me juntar a ele. e não esperar que ele queira estar aqui de volta. coisa mais difícil!

minha avó e meu anjo azul eu levo dentro de mim pra todo canto. e tento fazer com que isso diminua minhas saudades, já que tem sempre tantas outras que eu não sei como diminuir.

quero ir e quero ficar.
quero que vão e VOLTEM*!



boa noite!

10 de fevereiro de 2010

carnaval ?!

eu acho que o meu gosto por viver das paixões e só das paixões, de um tempo pra cá está se transformando numa linda e glamourosa máscara! digna do carnaval veneziano!

..e pra mim assim não funciona!