19 de junho de 2010

a antiga, a de sempre.. o antigo, (...)

"Olhei pros olhos e tive certeza, ERA ELE!
Sem conseguir controlar nenhuma das tantas reações que transitavam pelo meu corpo, decidi simplesmente continuar andando, mas agora em direção ao banheiro, claro.
Entrei só. Parei em frente ao espelho e reparei, atenciosamente, em tudo que meu reflexo me contava sobre aquele momento: eu usava um vestido de festa junina (na balada), estava quase inteira de rosa (provavelmente igual à última vez que nos vimos, por volta de 5 anos atrás!) e nada em mim (da sombra rosa em cima dos olhos à impotencia perante ele dentro dos olhos) deixava que ele enxergasse a mulher que eu me transformei nesse tempo... Nem o quanto aquele sentimento ainda permanecia vivo!
Naquele momento eu pude confirmar: GRANDES AMORES DURAM UMA ViDA!"



Texto escrito na padaria onde tomavam café (as pessoas, não eu!) logo depois da Gambiarra Junina. Na verdade queria que fosse um trechinho pro Facebook, mas cansei de cortar trechos (por causa do limite de caracteres) pra por lá só pela maior visibilidade. Eu não tinha papel, então ele virou um sms "Rascunho" do meu (futuro ex) celular. (e postado hoje mesmo, 10:58, depois de meus planos terem mudado de rumo!)



UM BOM DiA PRA VOCÊ QUE (AiNDA) ACREDiTA NO AMOR!

17 de junho de 2010

Gigi Gêmea !

toda infancia eu fui uma criança sozinha.
não sozinha daquelas que não tinha com quem passar o recreio, pq isso eu sempre tinha. mas sozinha no meu mundo. nas minhas brincadeiras, nos meus segredos, nas minhas ideias.. e assim eu cresci, com um irmão que eu não entendia muito bem, uma familia que não era exatamente como as outras, e tudo impulsionando para que eu me tornasse uma pessoa que conversa mais consigo mesma que com qualquer outro alguém.
e que ninguém entendia (por completo)

boba fui de não ter tido antes, a ideia incrivel que eu tive esses dias, no onibus (claro!)

decidi que, daqui pra frente, eu tenho uma irmã imaginaria. é, que nem os amigos imaginarios que alguns de nós tem quando é criança. (o meu eu dividia com meu irmão, foi sempre bem complicado).. mas ela não é exatamente uma amiga imaginaria. ela é uma irmã imaginaria. e pior que isso, ela é uma irma gemea! sim! isso mesmo! ela é GEMEA tipo, igualzinha a mim! daquelas que todo mundo confundia quando eram crianças mas que nunca mais foram confundidas depois que cresceram de TÃO* diferentes que se tornaram! (se não existem gemeos assim, eu e minha irmã somos as primeiras então!)

a minha irmã é a pessoa mais parecida e diferente de mim que existe no mundo! paradoxal, não?! nem poderia deixar de ser, ela também é libra com ascendente em libra!

nenhum de vcs que estão lendo aqui nunca vão conhecer a minha irmã. ela não se mistura com as pessoas do meu mundo. acha muito cafona isso de ser artista e de ir pra balada de domingo. não, ela não é uma chata, ao contrario. ela tem muitos amigos e conhece até mais baladas que eu. mas as dela são de sexta, sábado, quando muito de quinta feira.
a principal diferença entre nossos mundos é basicamente essa: ela não liga a mínima pra arte. só vai me assistir pq acha que deve me incentivar mas não me acompanha nem quando eu tenho suados convites de graça da Festa do Teatro. (ela nem liga pra Festa do Teatro)
ela também não pode muito pq geralmente está estudando nessas horas livres.
eu já tinha contado que ela é super estudiosa?
é sim!
ela passou em 16º lugar na USP pra medicina. quer ser pediatra. que nem eu queria quando era pequena. coincidencia, não?!
mas não pensem vocês que ela é uma chata. ela não é. ao contrario. ela conseguiu isso sem precisar ficar aqueles meses sem sair de casa que as pessoas geralmente ficam. ela estudava apenas durante a semana e se cobrava as horas livres de lazer nos fins de semana.

ela, ao contrario de mim, não se irrita com as pessoas que andam de taxi. ela acha um luxo. e é daquelas que chiam toda manhã de ter que fazer o MESMO* trajeto de metro+onibus lotados até chegar na faculdade. e reclama toda manhã das mesmas coisas, xinga as pessoas pelos mesmos motivos, enfim.. todas aquelas coisas que eu aprendi a fazer sorrindo e rindo das outras pessoas.

a minha irmã também não deixa que chamem ela por apelido. ela diz que quando a gente se permite apelidar, dá chance pras pessoas nem se esforçarem em decorar o nosso nome. bobeira, eu sei, mas ela é cheia dos pq's.

ao contrario de mim, ela é um mulherão. não aparece na rua de moletom nem por decreto. nunca deixou nenhum de seus namorados ve-la sem lapis e batom (no minimo!), se equilibra sobre qualquer tipo de salto: fino, grosso, 10, 15, 20.. é colocar no pézinho 34 dela que ela sai linda, desfilando suspiros dos homens ao redor e balançando seus sempre arrumadíssimos cabelos longos e sua sempre devidamente escovada franja (ô menina pra ter paciencia com franja!)
e nunca, NUNCA* usa rosa! diz que rosa broxa os homens. fazem eles quererem te colocar no colo pra ninar e não pra outra coisa. e vive repetindo, incansavelmente, que esse é o real motivo de eu não encontrar ninguém maduro suficiente pra mim.

nem preciso dizer que ela não falta NUNCA* à academia, né?! (muitas das baladas de quinta feira são com o pessoal de lá, que ela super conhece!) vive me dando broncas por eu não fazer nada pra sumirem minhas celulites do bumbum e quer morrer quando me ve comendo sem parar durante a tarde.

salão duas vezes por semana, ÓBViO!
uma na terça, pra fazer só a mão e o pé e uma na sexta pro check up completo: cabelo, depilação, unhas (de novo!) hidratações, etc, etc, etc..

mais oq eu mais* admiro nela é a incrível habilidade de lidar com talheres!
ela é iNCRíVEL nisso, sério.
você pode colocar quantos talheres quiser na mesa. ela vai saber usa-los, TODOS, e corretamente.
ela já tentou me ensinar tipo, mil* vezes, mas uma das duas sempre perde a paciencia e desiste no meio do caminho (a mesma coisa acontece com xadrez! o jogo e a estampa!)

o mais legal da minha irmã é que ela, apesar de ser TOTALMENTE diferente de mim, é alguém no mundo que me entende! ela é uma criação minha com o único e exclusivo objetivo de saber que tenho alguém que posso simplesmente PENSAR* sobre minhas dores e sofrimentos, que ela está lá.. dando o conselho mais absurdo que for (pq óbvio que eu NUNCA* sigo os conselhos dela, né?!).. mas ela me entende. ela não faz perguntas idiotas. ela não diz que eu estou pensando besteira nem diz que eu não devia me preocupar com aquilo. ela simplesmente sabe que eu NÃO SEi não me preocupar com aquilo. e isso é o que a torna única.
e agora que eu tenho ela sim, eu tenho alguém em quem me espelhar em certas horas. daqui pra frente toda vez que me disserem algo que me irrite ou me deixe triste eu vou logo pensar o que a minha irmã diria naquela situação. e vou dizer. pq se eu levar o desaforo e a magoa pra casa, quando chegar lá capaz que ela me de uns sopapos. que nem quando a gente era criança.



ela é com certeza a melhor irmã do mundo! e ai de quem disser que não. MEXE COM ELA PRA VER!

15 de junho de 2010

uma declaração desculpação!

(texto dedicado à minha mais linda amiga: Mariana Boccara)

Ela entrou na minha vida do jeito mais desconfiável que podia ter entrado. Apareceu no primeiro dia de aula, sem aviso prévio, quando eu estava morrendo de saudades de uma turma da qual ela, decididamente, não fazia parte.
Bonita demais, boa atriz demais, falante demais e o pior, SOCiÁVEL demais... No mundo das pessoas normais ela é uma menina incrível da qual todos gostariam de ter por perto. No mundo das pessoas inseguras como eu, ela era alguém que me dava medo.
Sempre deu!
Nunca conseguia entender como ela simplesmente fazia as perguntas que eu sempre morria de vontade de fazer mas tinha receio, medo, vergonha ou qualquer outro tipo de sentimento PODRE daqueles que não ajudam em NADA a gente que os tem. Ela simplesmente perguntava. Comentava. Respondia. Exatamente do jeito que a menina falante que viveu em mim até 5 anos atrás faria. Exatamente como a menina falante que mora DENTRO de mim faz o tempo TODO.
E como isso me atormentava.
Estudiosa, trabalhadora, esforçada, independente.. Com quase a minha idade morando sozinha nessa cidade louca num apartamento que não seria de mais ninguém a não ser dela de tão lindo, fazendo balizas péssimas com seu golf de bandido e sempre correndo os riscos que as pessoas que vivem essa cidade em sua totalidade correm: assalto aqui, acidente ali, multa acolá...
E como demorou pra eu entender o quanto ela era especial.

A vida inteira eu sofri com as coisas que acabavam e levavam junto as pessoas conquistadas. Escola que acaba, prédio que a gente se muda, amiga que vai embora... Sempre foi difícil pra mim essa história de conseguir "desapegar" das pessoas...
E acho que, uma certa altura da vida (essa que eu fui ficando chata demais, exigente demais, quieta demais...) eu comecei a desistir de me deixar ser conquistada por essas pessoas que, possivelmente, iriam acabar sendo retiradas a força da minha vida. Comecei a decretar que as pessoas eram, simplesmente, as amigas ou amigos DAQUELA ÉPOCA e que eu sempre deveria estar preparada pra, a qualquer hora, ser obrigada a continuar a viver sem elas!
Ok, isso nunca deu certo!
Eu continuo tendo saudades dos amigos da pré-escola, continuo sem entender como aquela amiga que foi a minha maior companheira durante todo o colegial não me deixa sequer um recado no orkut de vez em quando, continuo sofrendo de saudades de pessoas que não vieram com avisos de "passageiras" na testa. Mas passei a controlar (ou tentar) os sentimentos com relação à essas pessoas.

E ela, tinha tudo pra ser uma dessas.
Entrou pra mais da metade do curso: "iiixi, certeza que a gente nem vai mais se ver quando acabar."

E como a gente se engana!
Foi exatamente perto do fim que eu fiz a amizade que mais duraria, quem diria?!
Tirei ela logo no amigo secreto de Páscoa, primeiro com ela na turma, quebrando a rotina de tirar o irmão que eu já tinha conquistado pra sempre. Se ela não tivesse entrado, eu o teria tirado pela terceira vez, tenho certeza!
E ela no fim do ano falou: "Os presentes da Gigi são sempre os melhores!". Mania eterna minha de aproveitar quando tiro alguém de que gosto muito. Fico tão tão* feliz, que acabo fazendo mil presentes, sempre mais que o combinado, só pra agradar e pra pessoa saber o quanto fiquei feliz de poder presentear exatamente ELA!

E essa noite, aconteceu exatamente o contrario.
Ela me respondeu uma mensagem, como quem se deixa transparecer triste. E não era pra menos.

Ao longo de 3 anos no Célia mudei TOTALMENTE meu conceito sobre alguns amigos.. Não conseguia aceitar que, aquela amiga que se diz me ter como uma de suas melhores, não podia NUNCA* assistir a minha peça, sendo ela de fim de semana ou não. Algumas das pessoas que queria tão* bem me mostraram que talvez eu não seja tão importante pra elas como elas são pra mim. Ou sou. Talvez elas apenas não tenham tempo (ou saco) de ir ao teatro, um diazinho que fosse, pra poder ver no que eu estava me transformando.
E isso é uma das coisas que mais me magoa.
Teve gente que falou durante os 3 anos que ia. E SEMPRE* aparecia uma desculpa. Sempre alguma coisa diferente e, claro, inaceitável!

Eu to moro numa cidade maluca, to vivendo uma fase maluca e deixando, cada vez mais, essas coisas me deixarem maluca.
Cada dia que passa eu consigo menos ter certeza sobre as coisas. Sobre pra onde eu quero ir e sobre como eu quero ir. Cada dia é mais difícil conseguir tomar uma decisão e ir atrás dela, das pequenas às grandes coisas, eu estou dizendo.

E hoje não foi diferente.
A minha confusão foi me fazendo perder o foco e quando eu vi, tinha acabado de perder uma coisa que eu realmente não queria ter perdido. Era o último dia da peça dela, que começava 20:30, eu tinha registrado que era as 20 EXATAMENTE pra não correr o risco de atrasar, e quando eu olhei pro relógio, eram 20:07 e eu ainda estava de toalha.
Teatro longe.
Cidade louca.
Transito infernal.
Transporte publico imprevisivel.
Último dia da peça.
OK,
FODEU!

Por um momento pensei em ligar e perguntar pra ela se geralmente a peça atrasa (geralmente elas atrasam) mas seria em vão.. Eu não ia conseguir chegar lá 10 ou 15 minutos atrasada. ia demorar mais que isso. BEM mais!

Desisti e fui tomada por uma tristeza imensa de lembrar que desde o ano passado ela me convidava pra ir assistir essa peça e eu, já tinha tido várias oportunidades e acabei deixando pra última. De todas. Pq da última vez que era a última eu também deixei passar pq sabia que iria prorrogar a temporada. Bobeira.
Bobeira de quem sempre faz essa bobeira de deixar pra última hora, pro último dia, pra última oportunidade. Problema que eu preciso, URGENTEMENTE, resolver, pra parar de ver as coisas darem errado pra mim.

Pensei em colocar a roupa mesmo assim, passar no shopping e com o dinheiro que iria pro ingresso comprar umas flores e ir espera-la na porta do teatro, pra quando acabasse a peça eu poder (tentar) me desculpar. Não dava. O dinheiro era curto e não ia ser suficiente pra eu comprar nada que me agradasse dar de presente pra ela e, exigente como sou com presentes, não ia comprar qualquer coisa só pra constar. Preferi ficar. Mandei mensagem pra ela dizendo o quanto eu sentia muito por não ir mas que não ia conseguir chegar a tempo, a verdade, pq eu sei que ela não duvida que isso tenha acontecido comigo. Ela, cheia de toda razão que eu não tiro, respondeu "Nossa gi tb to triste. Bjo".
Ok
Como faz pra juntar os cacos de nós mesmos depois que, saber que entristecemos alguém querido simplesmente, DESMONTA a gente?

Voltei pro banho do qual eu não queria mais sair pra não ter mais que pensar em como resolver essa tristeza, se é que tem resolução.
Lembrei o quanto ela sempre diz que gosta de como eu escrevo. Lembrei o quanto ela é uma das poucas pessoas que lê (e diz gostar!) tudo que eu escrevo. Melhor, lembrei do quanto eu gosto de saber e ouvir ela repetir que gosta do que eu escrevo.
Ok, é isso. Eu vou escrever um texto pra ela.
Dificil isso de dedicar um texto pra alguém, o meu amigo tão querido Chico Ribas dedicou um pra mim esses dias e eu fiquei cheia de felicidade e orgulho por poder ler e chamar aquele de "meu" texto.
Mas não seria um texto qualquer.
Eu iria escrever um texto pra ela, sobre ela, pedindo desculpas a ela, e contando coisas que eu penso sobre ela que nunca antes havia dito.

E aqui está.

Talvez um dos mais sinceros e cheios de carinho já escritos por mim.
Pra dizer à minha amiga querida, que não é dificil pra mim passar uma hora (ou mais) pensando só nela, fosse no teatro, fosse aqui em frente ao computador. Ela vale mais* que isso e eu preciso ter certeza que ela não duvida disso.

Duas vezes ela me fez mudar de ideia sobre não sair de casa em uma noite que, aparentemente, não seria boa.
Na primeira, ela me disse: "eu não tenho muitas amigas que fariam isso por mim!"
Na segunda, ela estava aqui em casa, com o Tai, insistindo pra me tirar de um sentimento duro que estava me corroendo por dentro e eu pensei: "eu não tenho muitas amigas pelas quais eu faria isso!"

Acho que essa é a maior diferença entre nós duas. Você fala o que eu só consigo sentir. Ou escrever. E a gente se entende TÃO* bem assim!

(claro que o fato de a gente conseguir se entender até bebadas de catuaba também conta!)

Você é uma de poucas*.
Eu espero que você saiba disso.
E que me desculpe por hoje.

Um beijo grande, cheio de carinho e tristeza, pela minha falta.
Gigi !

12 de junho de 2010

amores alheios!

sabe aquela chatice de ator que sempre* faria melhor a cena do outro? mas que a sua mesmo faz bem mais ou menos?! aquele que sempre torce o nariz quando estão ensaiando a cena alheia pq acha que fulano faz isso muito mal, beltrano não sabe fazer oq o personagem pede, e ele sim, faria incrivelmente bem se o papel fosse dele?
todo mundo que faz teatro conhece (ou é) alguém assim!
e eu aprendi a achar isso um saco!
as coisas SEMPRE* são mais fáceis quando vistas de fora!
cada um deveria pegar a sua opinião mesquinha sobre o trabalho alheio e enfiar no respectivo cú quando essa não fosse solicitada ou quando não viesse com intenção de ajudar o outro (até pq, quase nunca vem!)
dificilmente nos deparamos com opiniões e criticas das chamadas "construtivas".. ou das que eu prefiro chamar de "bem intencionadas".. e as vezes, mesmo assim sendo, não são exteriorizadas de um modo positivo.. na maioria das vezes mais irritando ou atrapalhando quem está em cena do auxiliando!

era um post pra falar de amor..
um post que anda entalado na minha garganta (ou nos meus dedos) já algum tempinho, mas que acabou usando o exemplo como desabafo e isso já vale por hoje!

um apelo a quem le pq serve mesmo pra quem não faz teatro.. vejo isso acontecer na ViDA e as pessoas reclamarem cada vez menos de terem as outras, o tempo todo opinando sobre oq devem ou não fazer mesmo quando não foram questionadas sobre isso!

to com meu cú cheio! não quero mais escutar opiniões que não pedi.. minha cordialidade libriana me faz engolir as minhas as vezes até quando elas são solicitadas.. pq raios as outras pessoas não podem se conter, UM POUQUiNHO que seja, e não me dizerem a respeito do que eu estou fazendo, vivendo ou escolhendo pra mim?!?!


ficadicassa!