4 de dezembro de 2009

my life, my love!

quando eu tinha 11 anos me apaixonei por um menino. podia dizer que essa paixão durou até os 15, mas como eu acreditam que as paixões não* acabam, elas só apagam (podendo, assim, reacender a qualquer hora), sigo dizendo que a loucura* da paixão durou algo em torno de 3 ou 4 anos!
o nome dele é João*. de vestígio dele me restou um J no pulso feito na brincadeira (comum na época) de tatuar com compasso quente.. as das minhas amigas todas apagaram, não sei pq a minha dura até hoje, acredito que é por eu sempre levar a sério (e a fundo, literalmente!) todas as loucuras em que me enfio!
voltando a história!
desde que o conheci ele namorava. sempre chegada numa platonice, continuei alimentando o sentimento sem nunca perder a esperança de algum dia tê-lo!
popular que eu era, fiz que fiz usando dos contatos comuns, que acabaram me apresentando a ele.. não sei ao certo se quando fomos apresentados ele já sabia da minha obsessão por ele.. sei que aquela noite do primeiro beijo no rosto dele (em frente a Cultura Inglesa) foi e é lembrada, aos detalhes, a qualquer momento que eu queria, sendo necessário apenas que eu feche os olhinhos!
a paixão virou exposta, explícita, escancarada e começaram a vir os problemas.. eram os amigos dele que me atazanavam, a namorada que me olhava torto e ele mesmo que já me evitava, evitando também qualquer possibilidade de problema com a sua amada.
a história seguiu (existindo somente pra mim, não pra ele) por um bom* tempo.. eu queria explodir de -los juntos e as vezes só de -lo! mas foi um bom método de amadurecimento. não é a primeira paixão não correspondida de que me recordo, mas foi a mais dolorosa, a que mais me ensinou e, consequentemente, a que mais me fez crescer e entender que a paixão sempre* corre o risco de aumentar mesmo quando não alimentada, lição essa que eu ainda preciso reforçar quase todo dia, porque ainda hoje, "maior" e mais vivida, continuo a me pegar entregando-me de todo à alguém que não me deu nem por um minuto essa liberdade!
ele foi inconscientemente responsabilizado pela minha retenção na sétima série.. a coordenadora alertou a minha mãe, desde o segundo bimestre de aula, que eu só fazia falar e pensar no tal do garoto da oitava série e que tinha namorada (ainda bem que a minha mãe soube desde cedo o único problema que eu daria no decorrer da vida: respirar amor, o tempo todo e todo tempo!)
esses 13 anos foram os piores (e pra alguém não foi assim?), a maldita idade em que toda dor dói três vezes mais do que doeria se fosse em qualquer outra idade e que todo acontecimento fatal é três vezes mais fatal!
com 14 as dores melhoraram (talvez pq nessa época eu já tinha muitas* outras paixões, concretas, pra ocupar a cabeça e o coração) e eu pedi a uma amiga comum que perguntasse se ele aceitaria ser o príncipe da minha festa de debutante.. qual foi a minha surpresa ele mandou dizer que seria sim, sem problemas, e eu sonhei por um ano com a noite que seria a noite dos sonhos dos últimos anos!
como a paixão nunca tinha sido secreta pra ninguém (família, amigos), a noite da festa continha uma magia pra todos meus convidados.. todos sorriam ao nos ver dançando a valsa pois sabiam o quanto eu tinha esperado por um momento daquele com ele!

não.. não houve nenhum beijo!
nunca!
nenhum!
nenhunzinho!
não sei dizer ao certo o motivo.. depois de solteiro ele chegou a ficar com várias garotas, algumas até que eu acredito não serem tão bonitas ou tão legais quanto eu (posso dizer que acho que sou suficientemente bonita e legal pra ele ou parece pretensão?) mas não aconteceu! ele nunca quis! se ele quisesse óbvio que teria acontecido.. mas o motivo ao certo eu nunca cheguei a saber! talvez eu não fizesse mesmo o tipo dele ou talvez ele fosse só mais um menino assustado perante a TANTA paixão que cabe dentro de uma mulher (tal qual vários outros que existem por aí e eu vivo me deparando!) e por isso tenha preferido manter-se afastado pra não de deixar contagiar! não sei! talvez nunca nem saiba..

acredito sim que se fosse pra ser, teria sido e que se for pra ser, ainda vai ser..
mas agora penso o quanto foi bom não ter acontecido nada.. muitos príncipes que eu criei pra mim deixaram de ser principes no meio do reinado.. alguns ainda na hora da nomeação.. e talvez com ele tivesse sido assim, se ele tivesse saído dos sonhos pra entrar na realidade chata..
nunca saber o ritmo, o gosto, a temperatura do beijo dele, me faz pensar que seria sim o melhor beijo do mundo.. coisa que talvez se eu tivesse beijado eu já não pensaria mais.. como foi com tantos outros!
pensando bem.. eu gosto mesmo de levar ele comigo nesse posto.. ele foi meu maior sonho de consumo e um dos poucos não consumados e isso deixa um mistério gostoso no ar e conserva a tremedeira das pernas ao encontrar!

..esse post veio nascer hoje pq eu passei, depois de tanto tempo, em frente ao prédio que ele morava, e sorri involuntariamente como fazia sempre.. logo depois avistei, de longe, uma mochila azul e lembrei como eu seguia, de longe, a mochila azul dele enquanto ele se afastava pra ir embora e eu apertava o passo pra alcança-lo!

tão lindo lembrar de tudo isso que eu resolvi escrever pra ver se alguém acha lindo também!
eis mais um pedaço da minha vida, amando, sempre!

3 comentários:

  1. Valeu a pena ter escrito nem que seja pra ter causado a emoção que me causou. Eu só naõ chorei pq sou um leonino orgulhoso numa sala cheia de gente. Mas to com um nó na garganta de lembrar de minhas histórias tão parecidas e das meninas que nunca chegaram a ser minhas princesas, nem por um dia.
    Queria só abraçar vc agora. Como um príncipe abraça uma princesa.
    BJos!

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  2. Ahhhhhh eu também me emocionei. E achei lindo! Claro!
    Conheço o príncipe. E ver a sua cara quando encontrou com ele te esperando naquela festa, naquele dia...foi Mágico, simplesmente Mágico, dessas coisas que a gente não esquece.
    Drika

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  3. Sabe o que é o melhor? Eu ler tuudo isso e lembrar que eu estava do seu lado em TODOS esses momentos. Nas "perseguições", nas cartas de desabafo, na festa de quinze anos... Juro Gi, te amo muito e nada seria capaz de mudar isso. Não importa tempo ou distância, sempre serei aquela que estará aqui pra saltitar com você através dos obstáculos da vida. Sempre estarei aqui. Eu te amo como nunca, como sempre.

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